O presidente do Clube Automobilístico 100 à Hora Madeira considera que há ralis a mais no campeonato regional. Emanuel Pereira diz que podia haver mais qualidade com menos provas além de que o Rali Vinho Madeira não devia integrar o regional. Lamenta que o seu clube organize duas provas em dois meses e depois esteja o resto do ano sem organizar nenhuma prova. “Penso que este ano as provas foram um pouco mal esquematizadas”, frisa Emanuel Pereira, esperando que o Rali Moldebetão Faial que se realiza este fim-de-semana seja um sucesso.
O Rali Moldebetão Faial realiza-se sexta e sábado e vai definir os campeões nos vários grupos. Uma prova organizada pelo Clube 100 a Hora Madeira e que começa na sexta-feira, pelas 20 horas, com a superespecial na pista de karting do Faial. Jornal da Madeira — O Rali Moldebetão Faial vai este fim-de-semana para a estrada. Já está tudo pronto para a realização da prova que encerra o campeonato? Emanuel Pereira — Em princípio temos tudo pronto. Quarta-feira vamos fazer o primeiro teste na pista de karting do Faial com a iluminação. Haverá um reconhecimento entre as 20 e as 22 horas em que os pilotos vão testar a iluminação do recinto e se há necessidade de colocar mais projectores ou não. Este ano não vamos controlar o número de voltas de cada um dos concorrentes, pedimos é que cumpram o trajecto e numa velocidade moderada e que dêem espaço a todos os outros concorrentes para poderem reconhecer o recinto. Em relação ao resto da prova tudo está pronto. Os road books e regulamentos foram entregues antecipadamente aos concorrentes na altura da inscrição. Aguardamos a contagem final de tudo o que é necessário e temos o nosso “quartel-general” no Faial para que na sexta-feira comecem as verificações técnicas e se dê início às 20 horas à superespecial no kartodromo. JM — A superespecial é encarada pelas organizações e por muitos pilotos como uma forma de dar visibilidade aos patrocinadores, mas há também quem não goste deste tipo de prova que é muito curta e às vezes pode hipotecar o resultado final. Que comentário? EP — Penso que as organizações têm que começar a dar um retorno maior aos patrocinadores e para isso têm de juntar o maior número de público num recinto, e isso não é fácil numa classificativa. Julgo que na pista de karting temos mais gente do que temos depois no sábado durante todas as classificativas. Penso que o público vai aderir a uma classificativa espectáculo onde as pessoas podem ver toda a prova de todos os concorrentes. É benéfico para os concorrentes porque vão ter mais tempo de exposição aos espectadores e onde os patrocínios vão ser mais visíveis e é benéfico também para nós, pois podemos destacar os nossos patrocinadores durante mais tempo e com muito mais público. Para podermos ter alguns patrocinadores temos de lhes dar mais alguma coisa além daquilo que está na documentação da prova que por si é pouca. JM — Esta edição do Rali Moldebetão Faial apresenta alguma novidade ou alteração em relação à prova do ano passado? EP — Esta edição é exactamente igual à do ano passado, mas tentamos melhorar alguma coisa em que falhámos o ano passado. O ano passado o rali foi muito bom e penso que esta edição também vai ser. Como foi um rali novo o ano passado penso que tornar a fazer igual não é de mais. JM — O Campeão já está encontrado e em alguns grupos e troféus já está quase tudo definido. Esta situação retira interesse ao rali? EP — Penso que vai haver alguma disputa entre algumas equipas. A luta para o 2.º e o 3.º lugar do campeonato vai ser aquela que mais vai chamar a atenção do público com os pilotos Filipe Freitas e o Alexandre Camacho a serem o principal foco de atracção. O Vítor Sá que não tem nada a perder vai tentar mostrar o andamento que poderá ter e tentar ganhar o rali do Faial, porque é o único rali que ainda não ganhou. Penso que vai haver um bom espectáculo. JM — Vai ser disputada a última prova do Campeonato Ralis Coral Madeira. Que análise é que faz ao regional deste ano? EP — Continuo a achar que temos ralis a mais na Madeira, provavelmente teremos um ou dois ralis a mais sem dúvidas. Podia beneficiar um pouco a qualidade do espectáculo, porque há muitas provas e ainda temos mais uma rampa do “100 a Hora” no dia 18 de Novembro e o rali do Porto Santo no princípio de Novembro. Penso que este ano as provas foram um pouco mal esquematizadas. O “100 a Hora Madeira” em dois meses realiza duas provas e depois passamos o resto do ano sem prova nenhuma. Mas não só. Os Clássicos e os VSH no final do ano têm praticamente quatro provas seguidas. Não é bom e para o próximo ano devem repensar e tentar melhorar esta situação, visto que um clube não pode organizar duas provas seguidas. Rali Vinho Madeira não devia contar para o Campeonato Ralis Coral Madeira O presidente do 100 a Hora é de opinião que o Rali Vinho Madeira “não devia contar” para o Campeonato Ralis Coral Madeira. Emanuel Pereira diz que se trata de “uma prova emblemática” onde nem todos os concorrentes que nela participam fazem o regional, além de que iria “dar probabilidades aos pilotos que lá vão de nem pensar no regional, mas sim em ganhar a concorrência que é isso que não se tem feito. Chegamos ao Vinho Madeira e os madeirenses com o grupo N não andam nos primeiros lugares e não têm demonstrado aquilo que valem durante o regional. O Vinho Madeira devia ser uma prova à parte em que todos os pilotos deviam demonstrar aquilo que valem e sem qualquer preocupação para o regional”. Directas Há diversos locais onde o público pode aproveitar para ver a prova, como seja as duas pontes e o anfiteatro em torno da pista. O problema que temos é o estacionamento, mas estamos a ultimar um terrapleno abaixo da pista de karting para que fique pronto sexta-feira. Ao nível de segurança temos cerca de 140 elementos. As estradas vão estar bem identificadas e o que pedimos é que as pessoas cumpram com aquilo que os comissários de estrada lhes vão solicitar e assistam ao rali em segurança e se coloquem em lugares seguros. Esta edição é exactamente igual à do ano passado. O ano passado o rali foi muito bom e penso que esta edição também vai ser. Como foi um rali novo o ano passado penso que tornar a fazer igual não é de mais.
quarta-feira, outubro 04, 2006
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