Já na 17.ª edição. Este ano com 1.160 expositores, número bem elucidativo da importância que este fruto tem no sector primário. A cerimónia de abertura, ontem, contou com a presença do secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia, e ainda do edil de Santana, o presidente da Junta de Freguesia e Casa do Povo do Faial e dos diversos responsáveis pela agricultura na Madeira. Em declarações à comunicação social, Manuel António Correia frisou que este ano a produção tem sido normal, havendo a registar um ligeiro acréscimo em termos de quantidade, o que demonstra que este tipo de cultura está muito relacionado com as condições climáticas. A título de exemplo, referiu que em 2004 a produção foi pouca devido ao Inverno muito frio. O responsável pela agricultura destacou a importância que o cultivo deste fruto tem no aspecto social com a ocupação laboral de alguns agricultores e no aspecto económico, pois os rendimentos dos produtores têm vindo a aumentar anualmente. Acção contra o Estado vai avançar Hoje, a anona é muito consumida na Região e também tem um peso enorme na exportação. Ainda assim, o governante destaca que é necessário aumentar a produção «para que se faça uma maior promoção lá fora dos nossos produtos», acrescentando que essa promoção poderia ser feita em conjunto com outros produtos regionais. Manuel António aproveitou para lembrar que os apoios aos agricultores continuarão a existir neste quadro comunitário de apoio. Neste momento está em fase de conclusão o concurso para um apoio indirecto aos agricultores ao nível da desratização, tendo recordado que o Governo Regional iniciará brevemente uma campanha de desratização por toda a ilha, no valor de 100 mil euros, que trará benefícios para os agricultores e também para a própria saúde pública. Ao nível dos subsídios o governante destacou que estão previstos apoios para a agricultura, no valor de 175 milhões de euros, até 2013, provenientes do Quadro Comunitário de Apoio, sendo o total de apoios de 250 milhões de euros. Manuel António salientou que «a União Europeia tem sido compreensiva e tem dado os apoios à agricultura na Madeira. O estado é que tem feito o inverso». Exemplo disso é o facto de a nova lei das Finanças Regionais não prever qualquer tipo de ajuda à agricultura. Ainda assim, ao abrigo da anterior lei, o Estado deve à Madeira e aos agricultores 30 milhões de euros. Por esse facto, disse que «está a ser preparada uma acção contra o Estado». Alberto João Jardim visita certame Antes da cerimónia de abertura ocorreu uma palestra destinada aos agricultores sobre “A Agricultura Biológica - uma aposta no futuro” por Guida Gomes e “Aspectos Fitossanitários na Cultura da Anoneira” por Miguel Franquinho e Duarte Sardinha. Durante o final da tarde houve animação com a actuação de diversos grupos regionais. Para hoje, está prevista a intervenção do presidente do Governo Regional, por volta das 12 horas, seguindo-se a visita aos “stands” expositores. Durante a tarde voltará a haver animação musical com actuações de diversos grupos. No final da tarde haverá a entrega de prémios aos agricultores e, pelas 19 horas, acontecerá a actuação do cantor José Alberto Reis. Produção deve aumentar em 20 por cento Em termos de produção de anona, estima-se que esta aumente, este ano, na ordem dos 20 por cento. No ano passado foram produzidas pouco mais de 805 toneladas que na sua grande maioria foram consumidas na nossa Região. Por outro lado, foram exportadas cerca de 70 toneladas deste fruto subtropical, a grande maioria (52 toneladas) para o continente português e as restantes 17 toneladas para a França e Inglaterra, os dois maiores consumidores de anona da Madeira. Na RAM existem cerca de 2 mil produtores que cultivam um pouco mais de 100 hectares. Por concelhos destaca-se o de Santana com cerca de um terço de área de cultivo seguindo-se Machico, Santa Cruz e Funchal. As quatro variedades de anona (Funchal, Madeira, Mateus e Perry Vidal) podem ser vistas nesta exposição que além das anonas tem “stands” com apoio técnico comercial, dos serviços de Desenvolvimento Rural, bem como outros destinados à comercialização de derivados da anona (pudins licores, bolos, etc). Refira-se que a qualidade da anona da Madeira é reconhecida pela União Europeia, ostentando a “Denominação de Origem Protegida”, representando além de bons rendimentos para os agricultores um valor paisagístico importante
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