XVI Exposição Regional da Anona teve ontem lugar no Faial

Manuel António esteve, ontem, no Faial, na XVI Exposição Regional da Anona. Num discurso marcado pela homenagem aos agricultores, aos pais, à anona, não deixou de referir existirem 30 milhões de euros devidos por Lisboa à Região Autónoma da Madeira, pela comparticipação em programas comunitários, que tem sido o orçamento regional a suportar. A defesa do desenvolvimento rural, a par de todos os outros campos de crescimento económico, foi uma das tónicas do discurso de Manuel António. Para o governante, o espaço rural tem sido um dos cavalos de batalha do governo, no sentido de se conseguir que as populações desses locais tenham melhores condições devidas e de rendimentos. Nessa dinâmica, o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais aludiu à importância das 40 casas do povo existentes na região, numa altura em que "se tem posto em causa a sua importância", frisou. Para o governante, aquelas instituições desempenham importante papel na defesa das populações e dos seus recursos, dando-lhes oportunidades de formação de lazer e crescimento social, que, de outro modo, não teriam. A Casa do Povo do Faial, organizadora do evento, não foi esquecida, tendo o presidente cessante, Rui Abreu, que liderou a instituição desde a sua fundação, recebido homenagem por parte do governante. Manuel António, não esqueceu os trinta anos de autonomia que se vivem, para referir o desenvolvimento que a Madeira teve nestes trinta anos, ao passar os seus níveis de rendimento dos 40%, relativos à comunidade, para 80 %, que se verificam actualmente. A defesa dos produtos regionais, foi outro acento tónico das palavras do governante, que exortou os presentes a adquirirem produtos produzidos na madeira. "Uma forma de promover o crescimento económico regional, e a nossa agricultura". O secretário regional apresentou, ainda, os números dos apoios que têm sido concedidos aos agricultores neste últimos anos à agricultura regional. Recorde-se que a XVI Exposição Regional da Anona teve início no sábado, altura em que o director regional de Agricultura anunciou a produção biológica daquele fruto. Este ano, a exposição regional já contou mesmo com anona biológica, quer no stand da secretaria regional, quer no concurso, disseminada entre todos os concorrentes. Em causa estão, como referiu Bernardo de Araújo, dois produtores, com 20.000 m2 de terreno que apostaram naquele tipo de produção. O processo de conversão está no fim, podendo considerar-se já produção biológica. O Governo Regional, por seu lado, está também a desenvolver aquele processo, de modo a poder tirar todas as conclusões possíveis sobre a produção.